Covid: médica explica importância da 2ª dose e efeitos colaterais da vacina
A médica infectologista Elna Amaral esclareceu dúvidas sobre os efeitos colaterais das vacinas contra a Covid-19, após relatos de que alguns deixaram de receber a segunda dose com receio das reações adversas. A especialista esclarece a importância de completar o ciclo da imunização. O Ministério da Saúde informou que 20 mil piauienses aptos ainda não tomaram a segunda dose.
“A vacina, como todo produto farmacêutico, tem o risco de dar reação adversa. É claro que ela só pode ser comercializada, colocada para ser usada no público, quando demostra que tem uma segurança muito maior do que o risco que a doença pode causar”, diz.
Os sintomas de reação adversa podem ser leves ou mais graves. A especialista recomenda que ao sentir reação adversa severa a pessoa procure por orientação médica.
“Os leves são dor de cabeça, dor no corpo, uma febrícula (febre baixa), no máximo em 48 horas se resolve completamente, sem ter nenhuma complicação maior. Pode acontecer também, mas em uma parcela muito menor da população, algum evento adverso mais severo, que haja necessidade de internação; esses precisam ser notificados”.
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Ciclo da imunização
Elna Amaral ressalta a necessidade da pessoa tomar as duas doses da vacina para completar o ciclo de imunização, segundo apontou os estudos realizados na fabricação.
Atualmente, o Ministério da Saúde fornece na Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19 duas vacinas: Coronavac (até 28 dias de intervalo) e Oxford/AstraZeneca (até 84 dias de intervalo)”.
Covid pós-vacinação
A vacinação não quer dizer que a pessoa não pode adoecer de Covid; quer dizer que a pessoa poderá não desenvolver casos graves da doença. A especialista explica que se a pessoa inicia os sintomas dentro das 48 horas após a aplicação da vacina e eles se arrastam após esse período de tempo será necessário uma avaliação médica. “A pessoa pode está com Covid, não pela vacina, mas por ter tido uma coincidência de pegar o vírus bem no período. E os sintomas terem começado nesse tempo”.
“Nenhuma das vacinas que temos hoje para Covid-19 são capazes de desencadear a doença em si. Não existe vacina de vírus vivo atenuado para Covid. Todas são de fragmentos de vírus, de material genético de vírus ou do vírus totalmente inativado. Agora, o que pode acontecer é alguns sintomas da própria reação adversa se confundir; os sintomas dentro das 48 horas após a dose precisam ser bem avaliados”.
Após a vacinação, a pessoa pode sim pegar Covid, esclarece a médica, porque a imunidade vai levar de 15 a 30 dias após a segunda dose para atingir o seu máximo. “Lembrando que nunca é 100%, ou seja, mesmo após 30 dias da segunda dose, você tem o risco de adquirir Covid e chegar a manifestar sintomas embora mais brandos do que seria se não tivesse vacinado, com risco menor de internação ou necessidade de UTI”.
Por Carlienne Carpaso (Cidadeverde)
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