Canoa artesanal: Um patrimônio Cultural de Parnaíba
Canoa de pesca artesanal. ((c)) Walter Fontenele |
Canoas do Delta. ((c)) Walter Fontenele |
A embarcação utilizada na pesca artesanal é tema recorrente de pesquisas e estudos antropológicos sobre grupos de populações-tradicionais que trabalham e retiram do ambiente aquático a sua sobrevivência. Mas, essas embarcações trazem em si um significado cultural que às vezes ultrapassa a função de transportar os homens-do-mar aos seus locais de trabalho, sendo peça importante da paisagem de comunidades que se dedicam à pesca de peixes, crustáceos e moluscos. Soma-se a isso a fascinação e o apreço que os pescadores têm por suas embarcações, sendo assunto até mesmo nos momentos de lazer e de descanso.
Canoas da Pedra do Sal. ((c)) Walter Fontenele |
Segundo o FUNBIO, "a canoa é uma embarcação com capacidade para até 3 toneladas, casco de madeira, sem convés ou com convés semifechado, com ou sem casaria, com quilha, movida a vela ou a remo, com uma tripulação de 1 a 6 pescadores, sem conservação do pescado a bordo ou conservação em pequenas caixas isotérmicas com gelo”.
Canoas da Pedra do Sal. ((c)) Walter Fontenele |
Nas zonas costeiras do Piauí existem algumas famílias que se dedicam exclusivamente a construção de canoas de pesca artesanal. Esses profissionais, qualificados na carpintaria naval, junto com outros carpinteiros navais de Tutoia e Ilha das Canárias, no Estado do Maranhão, são os principais fornecedores de canoas de pesca artesanal, para o litoral do Piauí.
Assim como o ofício da pesca artesanal, o conhecimento da carpintaria naval também é passado de uma geração a outra, através do saber-fazer. O saber-fazer-tradicional da arte da carpintaria é fundamental para que a manutenção sociocultural da pesca artesanal permaneça resistindo ao tempo e as adversidades.
Por Walter Fontenele
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