Operação investiga médico suspeito de cobrar por cirurgias em hospitais públicos do Piauí
📸Foto: Policia Civil |
Equipes da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR) deflagram na manhã desta quarta-feira (15) a operação Bisturi, que investiga denúncias de cobrança indevida de valores para realização de cirurgias em hospitais públicos de Teresina. Ao todo, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, nas residências de um médico cirurgião e de um técnico de enfermagem, e em uma pensão no centro da capital.
A investigação, iniciada ainda em 2019, aponta que o médico e o técnico de enfermagem, que atuaria como auxiliar no esquema, recebiam de pacientes até R$ 4,5 mil para a realização de cirurgias em hospitais públicos. De acordo com a Polícia Civil, as cirurgias eram feitas nos Hospital da Polícia Militar, Hospital do Satélite, Hospital do Dirceu e em outras unidades de saúde do interior.
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“O médico que cobrava de pacientes valores para fazer cirurgias em hospitais públicos. Ele tinha como auxiliares pessoas de uma pensão, auxiliares no próprio quadro de alguns hospitais, e outras pessoas que ele mantinha contato em algumas cidades do interior. Essas pessoas intermediavam o contato dele com os pacientes. Ele usava a estrutura do hospital público e cobrava por cirurgias”, explicou o delegado Dênis Sampaio.
Ainda segundo o delegado, existem indícios de fraude da documentação utilizada para justificar os procedimentos cirúrgicos. “Ele falsificava até alguns documentos. Acontecia até dele dar entrada no hospital dizendo que era um tipo de cirurgia quando na verdade ele fazia outra cirurgia lá dentro. Até isso a gente tem informação”, destacou.
Os alvos da operação desta quarta-feira poderão responder por associação criminosa e corrupção passiva. Eles devem prestar depoimento nos próximos dias.
Atendendo a um pedido da Polícia Civil, a Justiça também determinou o afastamento cautelar dos dois servidores públicos até quer a investigação seja concluída.
A Polícia Civil também trabalha para identificar outros servidores e pessoas que também faziam parte do esquema.
O nome da operação, Bisturi, faz referência ao instrumento de trabalho usado pelos servidores investigados.
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