Teresina: Travesti é espancada a pauladas na zona Norte
📷Foto de Reprodução |
Uma travesti foi espancada e mantida presa dentro do porta malas de um carro, na última segunda-feira (19), no residencial Parque Brasil III, zona Norte de Teresina. A travesti, que não foi identificada, é suspeita de furtar apartamentos na região. Grupo de homens, amarraram e desferiram pauladas e tapas contra a travesti.
Em nota, a Guarda Civil Municipal informou que ao chegar ao local, a equipe encontrou a travesti amarrada e que após ouvir os envolvidos, os membros da corporação que acompanhavam a ocorrência orientaram que o suposto agressor a desamarrasse. Na sequência, a suspeita foi algemada e, juntamente, com o suposto agressor, foram conduzidos à Central de Flagrantes de Teresina para apuração do caso.
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A GCM informou ainda que sobre o vídeo em que a travesti aparece sendo espancada no porta-malas de um carro, a equipe não presenciou o fato, uma vez que chegou ao local posteriormente. A Guarda esclareceu que não defende que seja feita Justiça com as próprias mãos e que o comando da GCM vai avaliar se houve falhas no procedimento.
As imagens das agressões foram divulgas pela Associação Nacional de Travestis e transexuais (ANTRA), rede de organização política de pessoas trans. Em publicação, a ONG exigiu resposta imediata para identificar e responsabilizar os envolvidos nas agressões contra a travesti.
Confira o comentário da ANTRA:
É inadmissível a espetacularização da violência contra pessoas trans de forma pública e aceita de forma naturalizada por quem assiste passivamente esse horror!
Que ela seja levada a justiça pelo seu erro, mas que tenha suporte diante de tamanha violência. E que esses torturadores que aparecem no vídeo são denunciados, processados e paguem pelo que fizeram. Tortura é crime! Não há justiça com as próprias mãos. Também é importante que a guarnição do GCM que atendeu a ocorrência seja responsabilizada pela transfobia, por omissão na forma com que conduziu o caso no local, ao ver a moça amarrada e jogada no chão e não agiu para bloquear e encerrar ali o tratamento desumano a que fé submetida.
Por Rita Damasceno (Portal O Dia)
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