Variante Delta varre a Ásia e Oceania e provoca recorde diário de mortes na Rússia
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Vários países da Ásia e Oceania, incluindo Austrália, Rússia e Malásia, adotaram novas medidas de restrição para conter o aumento de novos casos de Covid-19, causados pela propagação da variante Delta, mais infecciosa.
A Indonésia, que só vacinou com uma dose 10% da população, vive o pior pico da doença, levando a alerta da Cruz Vermelha. Na Rússia, foram registradas 652 mortes por Covid em 24 horas, um recorde desde o início da pandemia. Na segunda-feira, o governo da Malásia anunciou que as ordens de permanência em casa em todo o país seriam estendidas indefinidamente.
Autoridades de Hong Kong, por sua vez, proibiram voos do Reino Unido, onde os casos da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, estão aumentando rapidamente. Em Bangladesh, soldados estão se preparando para patrulhar as ruas para fazer cumprir as ordens de permanência em casa, com novos casos se aproximando rapidamente de seu pico no início de abril.
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- A variante Delta da Covid-19 está dominando - disse Robed Amin, porta-voz do ministério da Saúde de Bangladesh, acrescentando que os testes sugeriram que a cepa foi responsável por mais de 60% dos novos casos.
Na Austrália, elogiada por sua resposta à pandemia, quase 10 milhões de moradores receberam a ordem de cumprir um confinamento em quatro grandes cidades do país, após um aumento rápido de casos. Depois dos habitantes de Sydney, Darwin e Perth, os de Brisbane e várias áreas do estado de Queensland adotarão um confinamento a partir da noite desta terça-feira, por pelo menos menos três dias.
Há algumas semanas, o país enfrenta um surto de casos, especialmente da variante Delta, devido a falhas nos sistemas de quarentena para viajantes que chegam do exterior.
- São decisões difíceis. Há confinamentos nas grandes cidades, porque o vírus entra com as chegadas do exterior - declarou a primeira-ministra de Queensland, Annastacia Palaszczuk.
O governo conservador australiano tem sido criticado pela lentidão da campanha de vacinação e pela falta de melhorias nos dispositivos de quarentena. Sob pressão, o primeiro-ministro Scott Morrison anunciou que a vacinação será obrigatória para funcionários de instituições que cuidam de idosos e dos centros de quarentena.
Na Malásia, as infecções diárias atingiram o pico no início de junho, mas mesmo depois de semanas de bloqueio, os novos casos caíram apenas 5% nas últimas duas semanas, de acordo com dados do New York Times. Apenas 6% dos 33 milhões de habitantes do país estão totalmente vacinados.
Em toda a Rússia, quase 151 mil pacientes estão hospitalizados com a Covid-19, anunciou o ministro da Saúde, Mikhail Murashko nesta terça-feira, alertando que a situação é "tensa", já que há apenas 182 mil leitos disponíveis. De acordo com Murashko, a vacinação finalmente acelerou no país, em um contexto de desconfiança da população a respeito das vacinas. Várias regiões, que enfrentam uma terceira onda epidêmica, determinaram a obrigatoriedade da vacina para alguns grupos da população.
Em Moscou, epicentro da terceira onda, a situação continua sendo "extremamente difícil", destacou o prefeito Serguei Sobianin, que anunciou quase 15 mil leitos ocupados, nível que classificou de "muito elevado porque uma parte importante (dos pacientes) está em situação grave ou muito grave, na UTI".
O aumento das infecções e mortes acontece no momento em que as autoridades tentam convencer os céticos a aceitar a vacina.
Por Extra.Globo
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